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Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável no Brasil
    Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável são um apelo global à ação para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e de prosperidade. Estes são os objetivos para os quais as Nações Unidas estão contribuindo a fim de que possamos atingir a Agenda 2030 no Brasil.
  
  
Notícias
                    30 outubro 2025
          ONU pede investigação sobre mortes em operações policiais no Rio de Janeiro
          Após operação policial que deixou 121 mortos no Rio de Janeiro, realizada nesta terça-feira (28), o secretário-geral da ONU, António Guterres, declarou estar extremamente preocupado com o grande número de óbitos.Em mensagem transmitida por seu porta-voz, Stephane Dujarric, nesta quarta-feira (29), o líder da ONU enfatizou que o uso da força por autoridades policiais precisa estar alinhado com leis internacionais de direitos humanos. Ele pediu que seja realizada uma investigação imediata sobre o episódio.Dados indicam pelo menos 121 mortosTambém nesta quarta-feira (29) o Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Turk, pediu uma “reforma abrangente dos métodos de policiamento no Brasil”.A operação policial de grande escala ocorreu neste 28 de outubro, nas comunidades do Complexo do Alemão e Complexo da Penha, com o objetivo de cumprir cerca de 100 mandados judiciais contra indivíduos ligados a grupos do crime organizado.Segundo dados oficiais, pelo menos 121 pessoas foram mortas, incluindo quatro policiais. Outras 81 pessoas foram detidas.Turk afirmou que compreende plenamente “os desafios de lidar com grupos criminosos violentos e organizados como o Comando Vermelho”.No entanto, ele afirmou que “a longa lista de operações que resultam em muitas mortes, que afetam desproporcionalmente pessoas negras, levanta questões sobre a forma como essas incursões são conduzidas”.“Alta letalidade policial tem sido normalizada”O chefe de Direitos Humanos declarou que por décadas, “a alta letalidade associada ao policiamento no Brasil tem sido normalizada”, especialmente em áreas como o Rio de Janeiro, onde aumentou significativamente.Segundo Turk, “o Brasil precisa romper o ciclo de brutalidade extrema e garantir que as operações de segurança pública estejam em conformidade com os padrões internacionais sobre o uso da força”.Turk pediu investigações rápidas, independentes e eficazes sobre os eventos da terça-feira e uma reforma completa do policiamento.Ele enfatizou que qualquer uso de força potencialmente letal deve estar alinhado com os princípios de legalidade, necessidade, proporcionalidade e não discriminação.Racismo sistêmicoO Alto Comissário adicionou que “abordar o racismo sistêmico contra pessoas negras no Brasil é fundamental”. Ele afirmou que “é hora de acabar com um sistema que perpetua o racismo, a discriminação e a injustiça”, disse o chefe de direitos humanos da ONU.Segundo o Mecanismo Internacional Independente de Especialistas para Promover a Justiça Racial e a Igualdade na Aplicação da Lei, os assassinatos de pessoas negras por agentes de segurança no Brasil são “generalizados”.Estima-se que 5 mil pessoas negras sejam mortas pela polícia a cada ano. Jovens negros que vivem em áreas empobrecidas são as principais vítimas.Para saber mais, visite a página do Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos: https://acnudh.org/pt-br/ 
                      
                  
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    Notícias
                    24 outubro 2025
          “Nós, os povos das Nações Unidas”: 191 cidades celebram o 80º aniversário da ONU 
          Nesta sexta-feira, 24 de outubro, a ONU completa 80 anos. Para celebrar uma data tão marcante, a ONU Brasil decidiu comemorar junto com quem mais importa, as pessoas.Em ação inédita, a ONU Brasil convocou Prefeituras, organizações da sociedade civil e instituições de ensino de todo o país para organizar eventos em celebração aos 80 anos de parceria do Brasil com a ONU. Corridas, saraus, simulações, palestras, aulas, e muitos outros eventos em nome da diversidade, da inclusão e do desenvolvimento sustentável já foram registrados.Até o final deste ano, cerca de 300 eventos devem ser organizados em quase 200 cidades, em todas as regiões do país. Como eventos incríveis já aconteceram, homenageamos, nesta matéria especial para o Dia das Nações Unidas, a participação, a alegria e o compromisso de tantas pessoas, em tantas cidades Brasil afora.“Apesar de sermos uma instituição presente em todo o mundo, é no nível local que está o verdadeiro impacto da ONU. É nos municípios que vemos como nosso trabalho ajuda a melhorar a vida das pessoas em áreas como educação, inclusão, saúde, promoção da igualdade, emprego e renda”, explica a coordenadora residente da ONU no Brasil, Silvia Rucks.Direitos humanos, acessibilidade, educação e teatro: Eventos celebram os 80 anos da ONU, sem deixar ninguém para trás Em Cabedelo, na Paraíba, a Secretaria de Mobilidade Urbana se juntou à Secretaria da Pessoa com Deficiência, ao Conselho Municipal da Pessoa Idosa, à Polícia Rodoviária Federal e ao Corpo de Bombeiros para organizar o evento 80 Anos da ONU: Travessia Inclusiva com Acessibilidade e Respeito, um evento sobre inclusão que valorizou a diversidade e a acessibilidade. Além de palestras, houve uma ação simbólica, em que idosos e pessoas com deficiência foram aplaudidos enquanto atravessavam uma rua.Em Ponta Grossa, no Paraná, o Conservatório Maestro Paulino organizou três apresentações especiais da peça Um Concerto Para Dom Quixote, entre os dias 20 e 23 de outubro, e ações itinerantes pela cidade que unem cultura e sustentabilidade.  Já em Passa Quatro, em Minas Gerais, a Secretaria Municipal de Educação realizou eventos em escolas da rede municipal de ensino para que estudantes dos 3º, 4º e 5º anos do ensino fundamental conhecessem e aprendessem sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e sua importância para o futuro das pessoas e do planeta.  Brasil e ONU: 80 anos de parceria por um mundo melhorO Brasil é país fundador da ONU e foi único país lusófono a assinar a Carta das Nações Unidas durante a Conferência sobre Organização Internacional, em São Francisco, em 1945. O país teve um papel de liderança nas negociações internacionais que ergueram as Nações Unidas sobre as cinzas e a devastação da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).São 80 anos de parceria do Brasil com as Nações Unidas para a promoção da paz, do desenvolvimento, da igualdade e dos direitos humanos. A ONU tem sido o farol global da cooperação internacional, provando que o multilateralismo salva vidas, protege direitos e preserva o nosso planeta.De norte a sul, leste a oeste, em todo o Brasil, celebramos, neste Dia das Nações Unidas, todas as pessoas e organizações que fazem a diferença, defendendo e lutando pela paz, pelos direitos humanos e pelo desenvolvimento sustentável, sem deixar ninguém para trás.“As Nações Unidas são mais do que uma instituição. São uma promessa viva, que atravessa fronteiras, une continentes e inspira gerações. Ao longo de oitenta anos, trabalhamos para construir a paz, combater a pobreza e a fome, promover os direitos humanos e construir um mundo mais sustentável, juntos.” - António Guterres, secretário-geral da ONU, 24 de outubro de 2025 - Mensagem para o Dia das Nações Unidas Quer organizar um evento na sua cidade? Ainda dá tempo de celebrar os 80 anos de parceria do Brasil com as Nações Unidas na sua cidade! Preencha o formulário on-line para receber o kit digital de apoio à organização de eventos.Para saber mais, siga @onubrasil e @nacoesunidas nas redes e visite a página especial da ONU Brasil sobre os 80 anos das Nações Unidas. Acompanhe também a cobertura da ONU News em português. Contato para a imprensa:Isadora Ferreira, Gerente de Comunicação da ONU Brasil: contato@onu.org.br 
                      
                  
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                    22 outubro 2025
          80 anos das Nações Unidas: ONU e Governo do Brasil inauguram exposição no Itamaraty
          O Ministério das Relações Exteriores e a ONU Brasil inauguraram, em 14 de outubro, a exposição “Construindo Nosso Futuro Juntos”, em alusão aos 80 anos de criação da Organização das Nações Unidas. A abertura ocorreu em solenidade realizada no Palácio Itamaraty, em Brasília - DF, com a participação da vice-secretária-geral da ONU, Amina J. Mohammed, e a ministra substituta das Relações Exteriores, Embaixadora Maria Laura da Rocha.“A cooperação é o maior ato de coragem da humanidade. Agradeço ao governo do Brasil por tornar esta exposição possível; ela conta a história de como o mundo escolheu o multilateralismo,” afirmou a vice-chefe das Nações Unidas, Amina J. Mohammed, na cerimônia desta terça (14), no Palácio Itamaraty.“É com muita alegria que o Itamaraty abre suas portas para receber esse evento em celebração dos 80 anos da ONU,” disse a Embaixadora Maria Laura da Rocha na cerimônia de abertura da exposição.A exposição “Construindo Nosso Futuro Juntos” poderá ser visitada até 29 de outubro de 2025, como parte das visitas guiadas ao Palácio Itamaraty. O catálogo digital pode ser acessado aqui.  Para saber mais, siga @onubrasil e @nacoesunidas nas redes e visite a página especial da ONU Brasil sobre os 80 anos das Nações Unidas. 
                      
                  
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            Publicação
                    07 abril 2025
          Relatório Anual das Nações Unidas no Brasil 2024
          O Relatório Anual das Nações Unidas apresenta os resultados de um ano de avanços estratégicos no Brasil. Por meio de um planejamento integrado e de investimentos catalisadores, o Sistema ONU, formado por 24 entidades, atuou conjuntamente com o Estado brasileiro e com os três níveis de governo para impulsionar o desenvolvimento do país, com atenção às necessidades específicas dos diferentes grupos populacionais e ao meio ambiente.Seguindo as diretrizes do Marco de Cooperação, vigente de 2023 a 2027, ao longo de 2024 a ONU trabalhou em temas como saúde, educação, emprego e renda, acesso a serviços básicos, equidade, direitos humanos e assistência humanitária em 351 iniciativas, que trouxeram benefícios para milhões de pessoas. O investimento feito no país foi de US$ 155 milhões. Confira dez pontos de destaque do que o Sistema das Nações Unidas alcançou em 2024:Resposta à emergência no Rio Grande do SulResposta a secas e queimadasMobilização de R$ 55 milhões para o Fundo Brasil-ONU para a AmazôniaApoio à elaboração da Contribuição Nacionalmente Determinada de redução de emissões de gases do efeito estufaRealização de 55 missões de autoridades da ONU ao BrasilApoio à delegação brasileira de jovens no Y20Engajamento na Aliança Global contra a Fome e a PobrezaParticipação brasileira na Cúpula do FuturoAdoção do ODS18 – Igualdade Étnico-RacialApoio à presidência brasileira do G20
                      
                  
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            Publicação
                    22 setembro 2025
          Relatório Anual das Nações Unidas 2025
          “O presente relatório demonstra que, apesar dos tempos extremamente difíceis – e, na verdade, justamente por causa deles – podemos e devemos continuar lutando por um mundo melhor, que sabemos estar ao nosso alcance.” - António Guterres, secretário-geral da ONU, 18 de setembro de 2025 O Relatório Anual das Nações Unidas 2025 faz uma retrospectiva de um ano de adversidades e esperança para a humanidade. Em 2024, conflitos fatais continuaram a causar sofrimento massivo e deslocamentos. Nosso planeta quebrou novos recordes de calor. A pobreza, a fome e as desigualdades aumentaram, enquanto tecnologias transformadoras como a inteligência artificial se expandiram sem regulamentações eficazes, e o direito internacional e os direitos humanos foram desrespeitados.
Diante de tais desafios, as Nações Unidas trabalharam para transformar nossos valores compartilhados em ações concretas no terreno, para pessoas ao redor do mundo.O presente relatório demonstra que, apesar dos tempos extremamente difíceis – e, na verdade, justamente por causa deles – podemos e devemos continuar lutando por um mundo melhor, que sabemos estar ao nosso alcance. Renovaremos nossos esforços para alcançar a paz, promover o desenvolvimento sustentável e defender e proteger os direitos humanos, para toda a humanidade.Dez maneiras pelas quais as Nações Unidas fazem a diferença:139 milhões de pessoas assistidas e protegidas enquanto fugiam da guerra, da fome e da perseguição
123 milhões de pessoas receberam alimentos e assistência em mais de 120 países e territórios
3 milhões de vidas salvas por ano por meio de vacinas fornecidas a 45% das crianças do mundo
194 nações trabalhando com as Nações Unidas para manter o aumento da temperatura global abaixo de 1,5°C
67.500 militares e civis mantendo a paz em 11 operações ao redor do mundo
4 bilhões de pessoas afetadas pela crise global de água que as Nações Unidas estão enfrentando
80 tratados/declarações para proteger e promover os direitos humanos globalmente
US$ 50 bilhões arrecadados para atender às necessidades humanitárias de 198 milhões de pessoas
48 países assistidos em seus processos eleitorais, usando a diplomacia para prevenir conflitos
11 milhões de pessoas receberam serviços de saúde sexual e reprodutivaPara saber mais, siga @nacoesunidas e @onubrasil nas redes e visite a página do Relatório Anual 2025. Baixe o relatório completo (em inglês):
                      
                  Diante de tais desafios, as Nações Unidas trabalharam para transformar nossos valores compartilhados em ações concretas no terreno, para pessoas ao redor do mundo.O presente relatório demonstra que, apesar dos tempos extremamente difíceis – e, na verdade, justamente por causa deles – podemos e devemos continuar lutando por um mundo melhor, que sabemos estar ao nosso alcance. Renovaremos nossos esforços para alcançar a paz, promover o desenvolvimento sustentável e defender e proteger os direitos humanos, para toda a humanidade.Dez maneiras pelas quais as Nações Unidas fazem a diferença:139 milhões de pessoas assistidas e protegidas enquanto fugiam da guerra, da fome e da perseguição
123 milhões de pessoas receberam alimentos e assistência em mais de 120 países e territórios
3 milhões de vidas salvas por ano por meio de vacinas fornecidas a 45% das crianças do mundo
194 nações trabalhando com as Nações Unidas para manter o aumento da temperatura global abaixo de 1,5°C
67.500 militares e civis mantendo a paz em 11 operações ao redor do mundo
4 bilhões de pessoas afetadas pela crise global de água que as Nações Unidas estão enfrentando
80 tratados/declarações para proteger e promover os direitos humanos globalmente
US$ 50 bilhões arrecadados para atender às necessidades humanitárias de 198 milhões de pessoas
48 países assistidos em seus processos eleitorais, usando a diplomacia para prevenir conflitos
11 milhões de pessoas receberam serviços de saúde sexual e reprodutivaPara saber mais, siga @nacoesunidas e @onubrasil nas redes e visite a página do Relatório Anual 2025. Baixe o relatório completo (em inglês):
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            História
                    30 outubro 2025
          “O que eu mais quero é que meus filhos avancem no Brasil”
          Vivendo há quase dois anos no Rondon 5, abrigo da Operação Acolhida para refugiados e migrantes da Venezuela no Brasil, Gilberto Carpintero tem um sonho: que seus três filhos se desenvolvam com qualidade no país que escolheram viver. Pai solo de Estefani, Andrews e Samuel, de 14, 12 e quatro anos respectivamente, Gilberto tem procurado meios para tentar se estabelecer. “O que mais quero é trabalhar. Entretanto, é complicado achar um trabalho com horários adequados à rotina dos meus filhos. O mais novo ainda não vai para a escola, e não acho certo deixá-lo com alguém que não seja o responsável”.  Foi nesse contexto que em maio de 2025, com apoio da equipe da Associação Voluntários para o Serviço Internacional e através do Posto do Cadastro Único, Gilberto foi incluído no CadÚnico e passou a receber o Programa Bolsa Família, programa de transferência de renda do Governo Federal. Esse processo de inserção social esteve diretamente vinculado ao Posto de Triagem de Boa Vista, cuja implementação ocorreu em outubro de 2023 através da parceria entre Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e a Prefeitura de Boa Vista por meio da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, e contou com apoio do UNICEF, garantindo que refugiados e migrantes acessassem o sistema de proteção social no Brasil.“Apesar de as famílias residentes nos abrigos da Operação Acolhida receberem alimentação e produtos de higiene, o benefício do Bolsa Família acaba impactando na aquisição de itens que estão fora desse escopo. A família do senhor Gilberto, por exemplo, apresenta algumas situações de saúde que estão sendo sanadas com o recebimento do benefício”, destaca Paulo Xavier, psicólogo do CRAS responsável pelo acompanhamento da família no Rondon 5.Com o benefício que recebe do programa, Gilberto tem comprado remédios de asma para Samuel, tem feito o acompanhamento para o caso de estrabismo de Estefani e investido na educação dos filhos. “Quando chegamos ao Brasil, meus filhos não sabiam ler, escrever ou falar português. Então, foi difícil quando foram para a escola e se depararam com essa realidade. Mas, estou investindo em livros, para que consigam aprender um pouco mais. Se eles não tiverem educação em um país tão cheio de oportunidades, não terão nada”, disse o pai.Com planos para continuar no Brasil, Gilberto e seus filhos pensam nos próximos passos.“O que eu mais quero é que meus filhos avancem no Brasil. Vou me sacrificar para que eles estudem, para que tenham uma boa educação. Vou lutar para que tenham conforto, para que eles continuem avançando aqui”, conta.Postos de Cadastro ÚnicoOs postos do Cadastro Único nos Postos de Triagem de Pacaraima e Boa Vista foram inaugurados em junho e outubro de 2023, respectivamente, e realizam mais de 550 atendimentos por mês.Até setembro de 2025, 9.500 famílias refugiadas e migrantes venezuelanas acessaram o Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal, permitindo o acesso a benefícios como o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada.Os espaços, preparados para atender a população em seu idioma e prontos para sanar as dúvidas sobre as políticas públicas no novo país, também contribuem para uma maior fluidez nos atendimentos nos Centros de Referência a Assistência Social (CRAS) de Boa Vista e Pacaraima, sobrecarregados nos últimos anos com a alta demanda por atendimento.Em setembro de 2025, a Prefeitura de Pacaraima assumiu o compromisso de continuar com as operações do Posto do CadÚnico do Posto de Triagem de Paracaima, que fica na fronteira do Brasil com a Venezuela, por meio do apoio de recursos repassados pelo MDS, demonstrando o compromisso dos governos municipal e federal com a população.A estratégia conta com o apoio financeiro da União Europeia por meio do Departamento de Proteção Civil e Ajuda Humanitária da União Europeia (ECHO, na sigla em inglês) e da Espanha, por meio da Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID).Para saber mais, siga @unicefbrasil nas redes e visite a página do UNICEF Brasil: https://www.unicef.org/brazil/ 
                      
                  
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            História
                    16 outubro 2025
          Uma história de transformação alimentar
          A alimentação saudável é a base para o desenvolvimento integral de uma criança. Mas, no Espaço de Desenvolvimento Infantil Professora Miltolina da Silva, no bairro de Guadalupe, no Rio de Janeiro, nem sempre foi assim.Quando muitas crianças chegaram à escola de educação infantil, que acolhe alunos entre três e seis anos, era comum ver caretas diante de frutas, legumes e verduras. O momento das refeições era marcado por recusas. Como passam grande parte do dia no local, as crianças fazem ali suas principais refeições: café da manhã, almoço e lanche da tarde. Por isso, esse era um desafio que a equipe escolar decidiu enfrentar com afeto, paciência e criatividade.Aos poucos, a escola começou a transformar o olhar das crianças sobre a comida. Brincadeiras, histórias e conversas sobre os alimentos marcaram o início das primeiras experiências, seguidas de visitas à feira do bairro, do cuidado com as árvores frutíferas do pátio e da ajuda na criação de receitas saudáveis. Tudo com o intuito de aproximar as crianças do alimento que chega à escola.“Não temos nada enlatado ou frituras, e também temos uma quantidade específica de sal e óleo para usar. Na escola, também incentivamos as crianças por meio de práticas pedagógicas lúdicas, como o passeio que fizemos à feira para eles comprarem os alimentos saudáveis que mais gostavam. Quando chegamos, fizemos junto com eles essa preparação”, conta a diretora do Espaço de Desenvolvimento Infantil Professora Miltolina da Silva, Erica Pereira. Por conta disso, o interesse cresceu, e a vontade de experimentar também. “Eu aprendi na escola que frutas e legumes são bons para a saúde”, conta Ayllon Kauã, de 5 anos.As professoras aproveitaram esse entusiasmo para criar algo especial: cada turma elaborou três receitas, que viraram um livro reunindo as descobertas feitas ao longo das vivências. O projeto deu origem a uma feira culinária, que reuniu pais e mães.O engajamento das famílias foi um dos resultados mais significativos dessa trajetória. À medida que as crianças passaram a comer melhor e a falar com entusiasmo sobre os alimentos, pais e responsáveis começaram a rever seus próprios hábitos alimentares. Muitos relatam que passaram a incluir mais frutas e verduras nas refeições de casa, a experimentar novas receitas e a valorizar o momento de comer juntos em família. “Nós como comunidade conhecemos a estrutura da escola e as práticas. Existe o dia de fazer salada de fruta, teve passeio na feira, e em todos esses processos a família foi envolvida. Aprendi a fazer uma farofa de beterraba aqui na escola, e não só meus filhos comem, como eu também aprendi a comer”, comenta Livia Lima, mãe de Joaquim Lima, de quatro anos.Hoje, quem acompanha a rotina das crianças percebe o quanto tudo mudou. Quem antes recusava os alimentos agora experimenta, repete e conta o que aprendeu.Para um crescimento saudável e conscienteO número de crianças e adolescentes com obesidade já ultrapassou o de jovens desnutridos no mundo. Esse marco reflete uma mudança profunda nos hábitos alimentares e no estilo de vida das novas gerações. No Brasil, essa realidade também preocupa: o consumo de alimentos ultraprocessados e o sedentarismo têm crescido, enquanto o contato com alimentos frescos e naturais, além dos momentos de brincadeira ativa, vem diminuindo.Diante desse contexto, ações educativas que unem nutrição e movimento ganham ainda mais importância. Oferecer refeições equilibradas, criar oportunidades para que as crianças explorem sabores e texturas, e incentivar atividades físicas de forma lúdica são estratégias fundamentais para promover um crescimento saudável e consciente.Tudo isso já acontece na escola. Além das atividades pedagógicas, existe a valorização do papel dos cardápios escolares equilibrados e nutritivos e a prática regular de atividades físicas lúdicas e brincadeiras ao ar livre.Formação de hábitosDesde 2023 o Rio de Janeiro conta com uma lei municipal que proíbe a venda e oferta de alimentos ultraprocessados nas escolas públicas e privadas. A medida busca fortalecer a educação alimentar e nutricional de forma contínua, promovendo a formação de hábitos saudáveis e a conscientização sobre o alimento.“Proibimos tudo que vai contra a proposta de alimentação saudável. Percebemos que, se a criança consegue entender que bons alimentos fazem sentido pra ela, isso se torna comportamento, uma prática, e é muito mais fácil ela levar isso pra vida”, relata o coordenador de Educação Infantil e Primeira Infância da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro, Marcelo Nascimento. Os cardápios das escolas seguem o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), que prioriza alimentos frescos, in natura, e proíbe ultraprocessados. O trabalho do UNICEF no BrasilA nutrição adequada, em especial na primeira infância, é essencial para o crescimento e o desenvolvimento de meninas e meninos. Ela é um dos pilares fundamentais para o desenvolvimento infantil.Para expandir esse esforço, o UNICEF oferece e apoia a formação de professores e coordenadores pedagógicos para o fortalecimento de ações promotoras da saúde nas escolas, como o movimento por meio da brincadeira e ações pedagógicas de educação alimentar e nutricional.Além disso, o UNICEF atua em oito capitais brasileiras na promoção de ambientes urbanos saudáveis e sustentáveis para as crianças, por meio da geração de evidências, identificação de boas práticas, capacitação de profissionais da educação, famílias e comunidades, e influência em políticas públicas junto aos governos municipais.Para essa iniciativa, o UNICEF conta com a parceria estratégica de Novo Nordisk e outros parceiros. Para saber mais, siga @unicefbrasil nas redes e visite a página do UNICEF Brasil: https://www.unicef.org/brazil/ 
                      
                  
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            História
                    10 outubro 2025
          Oxe, Me Respeite
          No Colégio da Polícia Militar Diva Portela, em Feira de Santana, na Bahia, a aluna Cecília Cardoso de Jesus, 15 anos, fala com clareza sobre o que aprendeu nos últimos meses. “A gente aprendeu que o corpo da mulher não é vitrine. Que ‘não’ é ‘não’ e que as pessoas precisam respeitar isso.”Cecília participa do projeto Oxe, Me Respeite nas Escolas, parceria do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) com o Governo da Bahia. A iniciativa promove três meses de oficinas em escolas públicas do estado, com atividades que estimulam o pensamento crítico sobre temas como violência de gênero, racismo, saúde sexual e reprodutiva, dignidade menstrual e diversidade. Mais de dois mil estudantes baianos já participaram das atividades — e a meta é chegar a quinze mil até 2026.Nas oficinas, Cecília e os colegas desenharam murais, assistiram a vídeos e debateram situações do cotidiano. O que parece simples — sentar no chão, pintar, conversar — foi o ponto de partida para questionar comportamentos naturalizados. “A gente fez um mural grande com frases tipo ‘minha roupa não é vitrine’. Todo mundo desenhou uma mulher e escreveu mensagens. Era pra lembrar que o ‘não’ precisa ser respeitado. E foi bom, porque a gente se escuta também”, conta.Em outra atividade, o grupo assistiu a um curta-metragem em que um homem sonha que vive a rotina de uma mulher: cuidar da casa, do filho, do trabalho, e ainda lidar com o julgamento. “No final do sonho, ele ainda engravidava. Todo mundo achou engraçado, mas depois ficou pensando. Os meninos disseram: ‘não é possível que os homens tratem as mulheres assim’. Depois disso, pararam de fazer certas piadas”, diz Cecília. “Eles tinham mania de dizer: ‘vai varrer a casa’. Hoje não falam mais.”A educação sexual também foi destaque nas oficinas. “Escola não é só sobre matemática, ciência. Não, tem que ter conscientização sobre esses temas”, defende Cecília. Ela reforça que aprender sobre corpo, direitos e respeito é essencial: “As pessoas acham que falar disso é errado, que vai incentivar os filhos [a fazer sexo], mas a gente precisa saber o que é certo, o que é respeitar o outro, o que é cuidar de si”, explica.Os aprendizados não ficaram restritos à sala de aula. Filha única, Cecília conta que fala sobre todos esses assuntos com os pais. “Lá em casa, a gente conversa sobre tudo. Sobre respeito, sobre as coisas que acontecem na internet, sobre o que é certo e o que é errado.” Essa abertura em casa reflete uma experiência que seus pais não tiveram.  Nem o pai, Luciano, ou a mãe, Alexsandra, passaram da oitava série e nunca tiveram a oportunidade de debater esses temas com as famílias. Luciano explica: “Minha mãe teve 14 filhos. Ela não tinha muito tempo para conversar com os filhos.” Já Alexsandra se ressente de não ter estudado mais: “A gente tinha que trabalhar, e naquela época era ou trabalho ou estudo. Hoje eu quero o melhor para a minha filha, que ela estude e construa um futuro diferente”.Segundo a coordenadora de Prevenção à Violência Baseada em Gênero e Raça da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Bahia, Francileide Araújo, o Oxe, Me Respeite nasceu justamente para provocar o diálogo sobre igualdade de gênero dentro e fora das escolas. E o projeto está em expansão: “Hoje temos oficinas acontecendo em escolas indígenas, quilombolas, em unidades da Fundação da Criança e do Adolescente, inclusive com meninos em privação de liberdade. A ideia é que o projeto se adapte a cada realidade — e que se torne uma política de Estado, não apenas de governo”, defende.Cecília já leva os aprendizados do Oxe, Me Respeite para a vida — dentro e fora de casa. Ainda não decidiu se será médica, advogada ou psicóloga, mas tem clareza sobre o caminho que quer seguir.“Quero ter minha profissão, minha casa, meus filhos quando estiver pronta. Quero dar tudo pra eles, mas principalmente o exemplo de respeito.” Para ela, o que aprendeu nas oficinas vai muito além da escola: é sobre crescer sabendo que liberdade e respeito caminham juntos — e que mudar o mundo começa pelas conversas que a gente tem, todos os dias.Para saber mais, siga @unfpabrasil nas redes e visite a página do UNFPA Brasil: https://brazil.unfpa.org/pt-br Contato para a imprensa: Luiza Olmedo, UNFPA Brasil: luolmedo@unfpa.org 
                      
                  
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    História
                    25 setembro 2025
          A trajetória de sucesso de Ronaldo
          O olhar firme de Ronaldo Rodrigues Cardoso, 19 anos, carrega a maturidade de quem enfrentou cedo demais o peso das dificuldades. Estudante do 2º ano do Ensino Médio em Santana, cidade do Amapá, ele sonha em ser professor. Mas chegar até ali exigiu muito mais do que apenas estudar. Foi preciso atravessar ausências, doenças e o desafio de recuperar o tempo perdido.A infância de Ronaldo foi marcada por mudanças bruscas. Aos seis anos, viu a mãe partir para o município de Gurupá (AP), ficando sob os cuidados do pai, Silvanio Rodrigues. Três anos depois, foi viver com a ela no interior e mergulhou em uma rotina dura, trocando a escola pela vida de catador de açaí. A escola ficou distante.Foram dois anos longe da sala de aula até que, aos 11 anos, debilitado por um princípio de doença de Chagas, Ronaldo voltou para Santana, para viver com o pai. Depois de recuperar a saúde, precisou recomeçar os estudos e enfrentar muitos desafios.“Foi um sofrimento muito grande para mim. Tenho quatro filhos, mas naquela época eu só tinha ele. Esses dois anos longe atrapalharam bastante os estudos do Ronaldo. Quando voltou, não pensei duas vezes e matriculei ele no colégio. Eu sabia que ele tinha capacidade de vencer e de estudar”, lembra Silvanio. Alguns anos se passaram e Ronaldo foi transferido para a Escola Estadual Prof. Francisco Walcy Lobato Lima, em Santana (AP). Ali, a dedicação do adolescente e a vontade de aprender chamaram a atenção. Surgiu o convite para se matricular em uma turma do Travessia - Amapá, programa alinhado à estratégia Trajetórias de Sucesso Escolar, do UNICEF,  implementado pela Secretaria Estadual de Educação do Amapá, que tem como objetivo o enfrentamento da distorção idade-série e a recomposição das aprendizagens para que os estudantes avancem nos estudos.Segundo a coordenadora do programa na escola, Davina Viana, o processo de identificação de possíveis estudantes começa com um olhar atento:“Fazemos um levantamento, vamos na pasta do estudante e percebemos o atraso escolar. Depois disso, entramos em contato com a família para falar do programa e fazemos o convite para esse estudante, pois ele também precisa querer”.Para Ronaldo, o convite representou um divisor de águas:“Eu enxerguei o Travessia como uma oportunidade, porque eu estava com 16 anos e ainda no 7º ano do fundamental. Eu já pesquisava, já procurava entender assuntos de séries mais avançadas, pois sabia que uma hora ia aparecer uma oportunidade e eu tinha que abraçar. Aí apareceu o Travessia”.A proposta do programa Travessia Amapá promove oportunidades diferenciadas de aprendizagem por meio de metodologias ativas, a fim de estabelecer vínculos mais sólidos entre professores e estudantes, o que gera impactos significativos em suas aprendizagens. Nesse processo, são consideradas a história de vida e a trajetória escolar de cada estudante.“Quando o aluno atrasa, ele perde oportunidades e se sente desestimulado. Tendo essa chance, que o programa oferece, ele consegue dar um salto grande no aprendizado, que se reflete no futuro dele”, afirma Leidilene Rocha, uma das professoras da turma do Travessia, responsável por levar Ronaldo para participar do programa. Oportunidades de aprendizagem e acolhimentoFoi nesse espaço que Ronaldo encontrou não apenas oportunidades de aprendizagem, mas também acolhimento. Era um espaço diferente, pensado para adolescentes como ele, que carregavam atrasos na vida escolar. Para a professora de matemática Rutilene Oliveira, ele representa muito mais do que um estudante esforçado. “O Ronaldo é meu aluno desde o 1º ano do ensino médio. Ele é excelente, um menino dedicado, responsável, determinado, uma pessoa maravilhosa. Ele é um jovem prodígio”, afirma, orgulhosa.Hoje, já em uma turma regular do 2º ano do Ensino Médio, Ronaldo não esconde os planos: quer ser professor de matemática. Silvanio, o pai, sonha junto com Ronaldo: “A gente passa dificuldade, mas ele estuda e diz que tem muitos planos. Ele tem tudo para vencer na vida. É muito inteligente, nunca repetiu de ano, o atraso dele foi fruto das interrupções forçadas na infância”.Na sala de aula, com o caderno aberto e lápis na mão, Ronaldo projeta o futuro. Quer ensinar, inspirar outros adolescentes e jovens e mostrar que a educação é capaz de mudar destinos, como mudou o dele. Sobre a estratégia Trajetórias de Sucesso EscolarA estratégia Trajetórias de Sucesso Escolar é uma iniciativa do UNICEF, em uma parceria estratégica com Instituto Claro e em parceria com Fundação Itaú, para o enfrentamento da cultura de fracasso escolar no Brasil. O objetivo é facilitar um diagnóstico amplo sobre a distorção idade-série e o fracasso escolar no País, e oferecer um conjunto de recomendações para o desenvolvimento de políticas educacionais que promovam o acesso à educação, a permanência na escola e a aprendizagem desses estudantes.O site da estratégia disponibiliza materiais pedagógicos – com as experiências didáticas –, textos, vídeos e dados relativos às taxas de distorção, abandono escolar e reprovação, com recortes por gênero, raça e localidade, que mostram as relações entre o atraso escolar e as desigualdades brasileiras.Para saber mais, siga @unicefbrasil nas redes e visite a página do UNICEF Brasil: https://www.unicef.org/brazil/ 
                      
                  
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    História
                    23 setembro 2025
          Jovem do Rio transforma realidade com arte e mobilização
          Matheus Luiz Fraga Moreira, mais conhecido como Magrão, tem 19 anos e cresceu em um dos municípios com os maiores índices de vulnerabilidade social do estado do Rio de Janeiro, Japeri. Criado pelo pai, enfrentou desde cedo os desafios de viver na periferia da Baixada Fluminense, onde a distância, a precariedade dos serviços públicos e a violência cotidiana marcam o ritmo da vida. “É muito difícil aqui em Japeri. A gente já sai de casa esperando que o trem vai dar ruim. Mesmo assim, a gente vai”, conta Magrão sobre as dificuldades de locomoção no território.Ainda assim, foi ali que ele construiu os alicerces de sua trajetória como artista, educador, mobilizador e comunicador popular. Entre versos, batalhas de slam, ações em coletivos e sonhos que resistem à rotina exaustiva entre o trem e a sala de aula, Matheus se afirma como um dos muitos jovens que, apesar de tudo, resistem.Infância marcada por perdas, cuidado e responsabilidadeAinda bebê, Magrão passou a viver com o pai após ser retirado da guarda da mãe, que enfrentava problemas com drogas. Trabalhando como segurança e, mais tarde, como vendedor ambulante nos trens, seu pai foi figura fundamental na sua formação, e criou Matheus e sua irmã mais nova sozinho. Aos 14, Magrão começou a trabalhar com o pai no trem. Logo depois, passou a trabalhar sozinho, conciliando os estudos com a necessidade de sustento da família. “Eu acordava cedo, ia vender no trem, voltava e dava todo o dinheiro pro meu pai. Nunca deixei de estudar, porque acreditava que o estudo ia mudar minha vida e a dele também”.Aos 15 anos, viveu um dos momentos mais difíceis da vida. Após um episódio de estresse, teve um princípio de AVC e descobriu um cisto no cérebro, que o deixou com o lado esquerdo do corpo paralisado por mais de um mês. Logo depois de sua recuperação, seu pai faleceu, também vítima de um AVC. “Foi tudo muito rápido. Eu estava começando a melhorar e perdi meu pai. Foi uma dor imensa.” Arte, poesia e mobilização: uma nova linguagem para existirApós a morte do pai, Magrão foi morar com as tias na Zona Norte do Rio de Janeiro. Foi nesse momento que a arte entrou de vez em sua vida. Participando de atividades escolares, descobriu o slam, as batalhas de poesia falada, e encontrou ali uma forma de transformar sua realidade.Criou eventos culturais na escola, fomentou o Slam do Acari, e passou a levar a poesia também para fora da sala de aula. Nesse percurso, conheceu o NUCA (Núcleo de Cidadania dos Adolescentes) — uma iniciativa da #AgendaCidadeUNICEF que conecta jovens periféricos para discutir direitos, juventude e políticas públicas. Foi o primeiro projeto social que participou e marcou sua vida. “Debater aqueles assuntos, formular um plano de ação para colocar as ideias em prática… até então, isso era algo surreal para mim. Evoluí a cada encontro, fui me soltando mais e entendi que a juventude periférica pode ser protagonista de verdade”, conta. No NUCA, o jovem também conheceu o projeto Geração que Move, uma iniciativa do UNICEF, em aliança global com a Fundação Abertis e com a colaboração de sua filial no Brasil, a Arteris, e parceria técnica da Agência Redes para Juventude e Viração. Hoje, Magrão integra o Coletivo ArterAção, participa de rodas e oficinas, articula projetos e segue escrevendo poesias que transformam vivências em palavra e denúncia.Mobilidade: a desigualdade entre o ponto de partida e o destinoEntre Japeri e os lugares onde atua e estuda, Magrão enfrenta uma das maiores barreiras estruturais para a juventude da periferia: a mobilidade. A dependência do trem, atrasos e superlotação afetam diretamente seu acesso à universidade, aos projetos, aos encontros com coletivos culturais e sociais.“Só tem um ônibus para sair daqui. Se o trem parar, tudo trava. A gente precisa sair mais cedo, voltar mais tarde e ainda conviver com o medo de não conseguir chegar. Isso cansa. E nos obriga a escolher entre oportunidades.”Mesmo assim, ele insiste. Cursa Pedagogia na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), continua trabalhando no trem quando necessário, dá oficinas e participa de eventos, articulações e ações sociais. Mora com um amigo para dividir custos e já busca alternativas de estágio e renda que permitam mais estabilidade. “Sair de Japeri tem um custo alto, mas ficar também tem. Eu tô tentando crescer sem me afastar de quem eu sou.”Um fio de esperança para muitosA trajetória de Magrão é também um retrato de uma juventude que, apesar das dificuldades, se reinventa e se fortalece nas conexões, na palavra, na arte e na política. Sua caminhada com o UNICEF, com o NUCA e com tantos coletivos é uma prova viva de que acreditar na juventude é apostar no futuro.“Eu carrego muito do meu pai, sabe? A luta, a honestidade, o cuidado. Hoje, minha luta é pra que outros jovens como eu tenham escolha e voz.”Para saber mais, siga @unicefbrasil nas redes e visite a página do NUCA: https://www.unicef.org/brazil/nucleo-de-cidadania-de-adolescentes 
                      
                  
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                    03 novembro 2025
          PNUD lança campanha para combater desinformação sobre mudança climática
          O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) lançou a campanha #ClimateCounts (“O Clima Conta”), que busca contar a história da mudança global do clima por meio de números e inspirar a ação com base em fatos.A #ClimateCounts apresentará 30 fatos sobre o clima, cada um acompanhado de um visual de impacto, projetado para tornar a mudança climática algo pessoal, de fácil compreensão e urgente.  A campanha faz parte dos esforços do PNUD para aumentar a conscientização e mobilizar comunidades antes da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, a COP30, em Belém, de 10 a 21 de novembro. Este ano marca também o 10º aniversário do Acordo de Paris – marco significativo para a ação climática.  “À medida que o mundo se aproxima da COP30 e os países apresentam novas metas no âmbito do Acordo de Paris, a mensagem é clara: não temos tempo a perder”, afirma a diretora global de Mudança Climática do PNUD, Cassie Flynn. “Este é o momento de transformar planos em progresso. A #ClimateCounts destaca 30 fatos de peso, mostrando que uma ação climática ousada pode impulsionar a prosperidade, resiliência e justiça – e reafirmando que o que é bom para o planeta, é bom para as pessoas.”  Com o aumento da propagação de desinformação e de informações falsas sobre o clima, a #ClimateCounts também busca promover o letramento climático, capacitando indivíduos e comunidades a agir e exigir ações climáticas mais ambiciosas. O engajamento dos cidadãos é crucial, já que os países se preparam para apresentar e implementar seus planos climáticos nacionais atualizados, as chamadas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), com novas metas no âmbito do Acordo de Paris.  Para promover a campanha, Embaixadores da Boa Vontade do PNUD e jovens campeões do clima ajudarão a compartilhar esses fatos globalmente. A campanha estará inicialmente disponível em inglês, francês, espanhol e português, com mais idiomas sendo adicionados posteriormente.  A #ClimateCounts se baseia no amplo trabalho do PNUD em ação climática e ciência baseada em evidências. Por meio da Climate Promise (“Promessa Climática), o maior portfólio climático das Nações Unidas, o PNUD apoia mais de 140 países com mais de US$ 2,45 bilhões em financiamento por meio de subsídios. Esse trabalho se apoia na expertise do PNUD em adaptação, mitigação, mercados de carbono, clima e florestas, riscos climáticos e segurança, além de estratégias e políticas climáticas.  Para saber mais, siga @pnud_brasil nas redes e visite a página da campanha em português!  Sobre o PNUDO PNUD é a principal entidade das Nações Unidas no combate às injustiças da pobreza, desigualdade e mudanças climáticas. Trabalhando com ampla rede de especialistas e parceiros em 170 países, o PNUD apoia as nações na construção de soluções integradas e duradouras para as pessoas e o planeta.
Como o maior portfólio do sistema ONU de apoio à ação climática, a Climate Promise (Promessa Climática) do PNUD é beneficia diretamente 37 milhões de pessoas.Contatos para a imprensaLuciano Milhomem, Coordenador de Comunicação, PNUD Brasil: Luciano.milhomem@undp.orgVanessa Ramalho, Imagem Corporativa: vanessa.ramalho@iccom.com.br
                      
                  Como o maior portfólio do sistema ONU de apoio à ação climática, a Climate Promise (Promessa Climática) do PNUD é beneficia diretamente 37 milhões de pessoas.Contatos para a imprensaLuciano Milhomem, Coordenador de Comunicação, PNUD Brasil: Luciano.milhomem@undp.orgVanessa Ramalho, Imagem Corporativa: vanessa.ramalho@iccom.com.br
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                    03 novembro 2025
          Design para o Planeta: Evento no Rio de Janeiro reúne líderes nacionais e globais em moda sustentável 
          Às margens do Fórum de Líderes Locais da COP30, o Escritório das Nações Unidas para Parcerias, em colaboração com a Fashinnovation, membro da Rede de Moda e Estilo de Vida da ONU, realizará um evento de alto nível que reunirá líderes da moda, estilo de vida e inovação climática para destacar o papel fundamental do Brasil no avanço de um futuro sustentável e regenerativo.O evento "Design para o Planeta" contará com discussões dinâmicas com o objetivo de elevar a ação climática local através das lentes do design, da moda e das indústrias de estilo de vida.Os painéis mostrarão a crescente influência do Brasil como um centro global de moda sustentável, destacando iniciativas baseadas no design circular, no abastecimento responsável e na integração do conhecimento indígena e artesanal nas estruturas da indústria. De empreendedores ousados a vozes acadêmicas, formuladores de políticas e organizações internacionais, o evento destacará como a criatividade local está respondendo aos desafios climáticos globais.“A liderança do Brasil em design, circularidade e inclusão ressalta o poder das parcerias para transformar a criatividade em ação climática. Temos orgulho de elevar as vozes que trabalham por um futuro mais sustentável e equitativo para as pessoas e o planeta”, disse a diretora executiva do Escritório das Nações Unidas para Parcerias, Annemarie Hou. “O Brasil sempre foi uma terra de criatividade, resiliência e poder cultural — e agora também é um farol para a inovação sustentável”, disse o fundador da Fashinnovation, Marcelo Guimarães. “Na Fashinnovation, acreditamos que o futuro da moda deve estar enraizado na sabedoria local e na colaboração global.SERVIÇO: Design para o PlanetaQuando: 6 de novembro de 2025, das 15h às 17h Onde: Hotel Santa Teresa, Rua Almirante Alexandrino, 660 - Rio de Janeiro (RJ) Quem:Oskar Metsavaht: Fundador da OsklenMaria Laura Neves: Diretora Executiva, Vogue BrasilCarla Assumpçao: Gerente Geral da América Latina, Swarovski Crystal BusinessPaulo Borges: Fundador da São Paulo Fashion WeekOmoyemi Akerele: Fundadora da Lagos Fashion WeekAmanda Mendonça: Secretária Executiva, Rio Fashion CouncilDayana Molina: Fundadora, NalimoMarcia Kemp: Fundadora e Diretora Criativa, NannacayFernanda Simon: Diretora Executiva, Fashion Revolution BrasilInscrições: O evento é aberto ao público; inscrições devem ser feitas através do formulário on-line. Para mais informações, visite a página do evento global "Design para o Planeta". NOTAS PARA EDITORESSobre os organizadoresO evento é organizado pela Rede de Moda e Estilo de Vida das Nações Unidas, uma iniciativa do Escritório de Parcerias das Nações Unidas e do Fashion Impact Fund, que serve como um portal global para co-criar colaborações impactantes para impulsionar o progresso dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. A Rede tem mais de 390 membros em todo o mundo.Escritório das Nações Unidas para Parcerias Como porta de entrada global para as Nações Unidas, o Escritório das Nações Unidas para Parcerias convoca e co-cria parcerias e programas essenciais, ao mesmo tempo em que gerencia financiamentos importantes para acelerar soluções que cumpram a promessa dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.FashinnovationComo membro orgulhoso da Rede de Moda e Estilo de Vida da ONU, a Fashinnovation é uma plataforma global que conecta empreendedores, tomadores de decisão e marcas nas áreas de moda, tecnologia e sustentabilidade. A Fashinnovation é reconhecida por promover a inovação com propósito por meio de eventos globais, palestras, missões comerciais e construção de comunidades.Sobre a COP30A COP30 — a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática — será realizada em Belém, de 10 a 21 de novembro de 2025, reunindo líderes globais para acelerar as ações climáticas, atualizar os planos climáticos nacionais e reafirmar os compromissos assumidos no Acordo de Paris.Contato para a imprensa: Francyne Harrigan, Escritório das Nações Unidas para Parcerias: harriganf@un.org Contato para parcerias: Lucie Brigham, Escritório das Nações Unidas para Parcerias: brigham@un.org  
                      
                  
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                    31 outubro 2025
          Especialistas da ONU cobram investigação célere sobre operação policial mortal no Rio de Janeiro
          Especialistas da ONU expressaram hoje grande preocupação com a operação policial mais mortal da história do Brasil, que deixou pelo menos 120 mortos, incluindo quatro policiais, e pediram às autoridades brasileiras que garantam uma investigação independente com o objetivo de assegurar a responsabilização, interromper as violações de direitos humanos em curso e garantir a proteção de testemunhas, familiares e defensores dos direitos humanos.A operação, conhecida como “Operação Contenção,” foi realizada em 28 de outubro de 2025 nos complexos do Alemão e da Penha, habitados predominantemente por pessoas afrodescendentes. De acordo com as informações recebidas, alguns corpos foram encontrados com as mãos amarradas ou ferimentos de bala na nuca. Moradores também relataram invasões domiciliares sem apresentação de mandados, prisões arbitrárias e uso de helicópteros e drones para disparar projéteis.“A escala da violência, a natureza dos assassinatos relatados e as consequências para as comunidades pobres afrodescendentes que vivem em áreas periféricas urbanas expõem um padrão profundamente arraigado de policiamento racializado e impunidade”, afirmaram os especialistas. “Esses atos podem constituir homicídios e devem ser investigados de forma imediata, independente e minuciosa.”Os especialistas expressaram preocupação com as ameaças de criminalização dos familiares das vítimas, moradores e defensores dos direitos humanos que ajudaram a recuperar os corpos na manhã seguinte. “Estamos particularmente preocupados com as represálias contra as famílias e testemunhas. As autoridades devem garantir sua vida, segurança e integridade pessoal, e impedir qualquer forma de intimidação, assédio ou criminalização,” afirmaram. “É responsabilidade das autoridades preservar o local para posterior exame forense.”Eles instaram as autoridades a tomarem imediatamente as seguintes medidas:Suspender todas as operações em curso que resultem no uso excessivo da força e garantir que não ocorram mais perdas desnecessárias de vidas civis;Proteger testemunhas, familiares, membros da comunidade e defensores dos direitos humanos contra represálias e processos judiciais arbitrários;Preservar todas as provas e salvaguardar a cadeia de custódia em todos os casos de homicídios e outras possíveis violações, com vista a responsabilizar os culpados;Garantir exames e investigações forenses independentes, em conformidade com as normas internacionais de direitos humanos;Cumprir as normas internacionais sobre o uso da força e garantir a responsabilização por todas as irregularidades cometidas pela polícia.As Nações Unidas e os mecanismos regionais de direitos humanos têm repetidamente manifestado preocupação com o uso excessivo da força por parte das autoridades policiais no Brasil. Os especialistas pediram medidas para evitar a repetição de tais atrocidades.“Este trágico acontecimento ressalta a necessidade urgente de o Brasil reformar suas políticas de segurança, que continuam a perpetuar um modelo de violência policial brutal e racializada. As autoridades brasileiras devem romper com o legado de impunidade que caracterizou eventos semelhantes no passado,” afirmaram.Em um relatório publicado no ano passado, os especialistas descobriram que a cultura policial e a política de segurança pública do Brasil se baseiam na repressão, na violência e na hipermasculinidade. A polícia mata mais de 6.000 pessoas por ano — a maioria de ascendência africana — “Essas mortes — muitas vezes em operações que visam “criminosos” — são generalizadas e sistemáticas, funcionando como uma forma de limpeza social contra grupos marginalizados,” afirmaram.Os especialistas enviaram suas preocupações ao governo brasileiro em uma carta que será tornada pública, instando-o a adotar essas e outras medidas de emergência sem demora, e solicitaram informações sobre as medidas tomadas para garantir a responsabilização e a reparação às vítimas e suas famílias.Os Especialistas:Akua Kuenyehia, Tracie Keesee e Victor Rodriguez, membros do Mecanismo Internacional das Nações Unidas de Especialistas Independentes para o Avanço da Justiça Racial e Igualdade na Aplicação da Lei;Bina D’Costa, Chairperson do Grupo de Trabalho de Especialistas sobre Pessoas Afrodescendentes;K.P. Ashwini, Relatora Especial da ONU sobre Formas Contemporâneas de racism, Discriminação Racial, Xenofobia e Intolerância Relacionada;Mary Lawlor, Relatora Especial da ONU sobre Defensores de Direitos Humanos;Morris Tidball-Binz, Relator Especial da ONU sobre Execuções Extrajudiciais, Sumárias ou Arbitrárias.ContextoO Mecanismo Internacional de Especialistas Independentes para o Avanço da Igualdade e Justiça Racial na Aplicação da Lei foi criado em julho de 2021 pelo Conselho de Direitos Humanos para fazer recomendações, entre outras coisas, sobre as medidas concretas necessárias para garantir o acesso à justiça, a responsabilização e a reparação pelo uso excessivo da força e outras violações dos direitos humanos por parte de agentes da lei contra africanos e pessoas afrodescendentes.As Relatorias Especiais e os Grupos de Trabalho fazem parte do que é conhecido como Procedimentos Especiais do Conselho de Direitos Humanos. Os Procedimentos Especiais, o maior órgão de especialistas independentes do sistema de direitos humanos da ONU, são o nome geral dos mecanismos independentes de investigação e monitoramento do Conselho. Os titulares de mandatos dos Procedimentos Especiais são especialistas independentes em direitos humanos nomeados pelo Conselho de Direitos Humanos para tratar de situações específicas de países ou questões temáticas em todas as partes do mundo. Eles não são funcionários da ONU e são independentes de qualquer governo ou organização. Eles atuam a título individual e não recebem salário pelo seu trabalho.Para saber mais, siga @onuderechoshumanos nas redes e visite a página para o Brasil do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH): https://acnudh.org/pt-br/ Contatos para a imprensa: Para pedidos de imprensa sobre o Mecanismo Internacional de Especialistas Independentes para o Avanço da Igualdade e Justiça Racial na Aplicação da Lei, favor contactar: ohchr-emler@un.orgPara pedidos de imprensa sobre Procedimentos Especiais, favor contactar: Maya Derouaz (maya.derouaz@un.org) ou Dharisha Indraguptha (dharisha.indraguptha@un.org)
                      
                  
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                    30 outubro 2025
          ONU-Habitat promove celebração global do Dia Mundial das Cidades em Bogotá
          “Cidades inteligentes centradas nas pessoas” será o tema central da comemoração do Dia Mundial das Cidades – data promovida pelo Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat) em 31 de outubro para promover ações em todo o mundo pela urbanização sustentável. Neste ano, a celebração global do Dia Mundial das Cidades será realizada em Bogotá, na Colômbia, marcando o fim das celebrações do Outubro Urbano, mês dedicado a debater como tornar a vida nas cidades mais justa, inclusiva e sustentável.A data vai destacar como tecnologia, dados e inteligência artificial podem transformar a vida urbana — mantendo as pessoas no centro das iniciativas de cidades inteligentes e dos esforços de recuperação diante dos desafios atuais.Sediado pela cidade de Bogotá com o apoio do Governo da Colômbia, o evento reunirá autoridades de alto nível, representantes de governos locais, agências da ONU, parceiros humanitários e sociedade civil para compartilhar experiências e soluções inovadoras voltadas às necessidades das pessoas e à construção de cidades mais inteligentes e sustentáveis.A celebração global será precedida por um evento preparatório, promovido pela cidade de Bogotá, com foco em governança inteligente, inclusão e resiliência. A programação também inclui cerimônia de abertura de alto nível, o anúncio do Prêmio Global para o Desenvolvimento Sustentável em Cidades 2025, além de painéis temáticos sobre cidades inteligentes centradas nas pessoas e desenvolvimento urbano. A programação completa está disponível no site do ONU-Habitat, e o evento será transmitido ao vivo pela TV on-line da ONU.A data também marca o encerramento do Circuito Urbano, iniciativa criada pelo ONU-Habitat Brasil com o objetivo de fortalecer o Outubro Urbano. Em sua sétima edição, o Circuito Urbano apoiou a realização de mais de 350 eventos em todo o Brasil, contando com o apoio institucional do Ministério das Cidades para promover o tema “Enfrentando desafios urbanos: caminhos para cidades justas e sustentáveis”. O Dia Mundial das Cidades encerra esta edição, celebrando um recorde de eventos promovidos. Cidades inteligentesAtualmente, mais de 1,1 bilhão de pessoas que vivem em assentamentos informais e favelas estão excluídas dos planos e estratégias de cidades inteligentes, devido à falta de dados, altos custos e baixa conectividade.Cidades e governos locais ainda enfrentam limitações orçamentárias, capacidade técnica restrita e sistemas desatualizados para gestão de terra, infraestrutura e serviços públicos. Sem planejamento inclusivo e participação comunitária, a transformação digital pode aprofundar desigualdades, criando uma nova “divisão urbana digital” em que milhões de pessoas — especialmente em áreas informais — ficam à margem das decisões e oportunidades.O Dia Mundial das Cidades 2025 vai destacar como a inovação digital e a governança urbana inclusiva podem acelerar o progresso em direção a cidades e comunidades sustentáveis. O evento vai abordar o uso da tecnologia para ampliar o acesso à moradia, ao solo e a serviços básicos, promover transparência e responsabilidade na gestão urbana, e fortalecer os governos locais com dados que melhorem a vida de todas as pessoas nas cidades."Estamos orgulhosos de celebrar o Dia Mundial das Cidades 2025 em Bogotá, uma cidade que exemplifica como a inovação pode estar a serviço das pessoas e das comunidades. Este é um momento para nos unirmos, reconhecermos os avanços urbanos e reafirmarmos nosso compromisso comum com cidades inclusivas, sustentáveis e centradas nas pessoas”, destaca a subsecretária-geral das Nações Unidas e diretora-executiva do ONU-Habitat, Anacláudia Rossbach.Sobre o Dia Mundial das CidadesInstituído pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 2013, o Dia Mundial das Cidades é celebrado todos os anos em 31 de outubro, promovendo ações globais pela urbanização sustentável. A data marca o encerramento do Outubro Urbano, mês de mobilização e diálogo global iniciado com o Dia Mundial do Habitat, e tem como objetivo inspirar a cooperação entre países, comunidades e cidadãos para construir cidades mais verdes, inclusivas e resilientes.Sobre o ONU-HabitatO ONU-Habitat é o programa das Nações Unidas voltado à promoção da urbanização social e ambientalmente sustentável. Atua em mais de 90 países, apoiando governos e comunidades na construção de cidades mais justas e resilientes, por meio de conhecimento técnico, assessoria em políticas públicas e cooperação multissetorial. Saiba mais em unhabitat.orgSERVIÇO: Dia Mundial das Cidades 2025 — Cidades inteligentes centradas nas pessoasQuando: 31 de outubro de 2025Onde: Centro de Convenções Ágora Bogotá, Bogotá, ColômbiaTransmissão ao vivo pela TV on-line da ONU: https://webtv.un.org/en/asset/k1y/k1ylbl7kf4 Para saber mais, siga @onuhabitatbrasil nas redes! Contato para a imprensa: Katerina Bezgachina, ONU-Habitat Brasil: ekaterina.bezgachina@un.org Aléxia Saraiva, ONU-Habitat Brasil: alexia.saraiva@un.org 
                      
                  
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                    29 outubro 2025
          PNUMA: Adaptação climática pode custar US$ 310 bilhões por ano em 2035
          Em meio ao aumento das temperaturas globais e à intensificação dos impactos climáticos, uma enorme lacuna no financiamento da adaptação para os países em desenvolvimento está colocando vidas, meios de subsistência e economias inteiras em risco, de acordo com o Relatório sobre a Lacuna de Adaptação 2025: Rodando na Reserva, do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).Lançado para informar as negociações na COP30 em Belém, o relatório conclui que, embora o planejamento e a implementação da adaptação estejam melhorando, as necessidades de financiamento da adaptação nos países em desenvolvimento até 2035 serão superiores a US$ 310 bilhões por ano – 12 vezes mais do que os atuais fluxos públicos internacionais de financiamento da adaptação.“Os impactos climáticos estão se acelerando. No entanto, o financiamento para adaptação não está acompanhando o ritmo, deixando as pessoas mais vulneráveis do mundo expostas ao aumento do nível do mar, tempestades mortais e calor escaldante”, afirmou o secretário-geral da ONU, António Guterres, em sua mensagem sobre o relatório. “A adaptação não é um custo – é uma tábua de salvação. Fechar a lacuna de adaptação é a forma como protegemos vidas, promovemos a justiça climática e construímos um mundo mais seguro e sustentável. Não percamos mais tempo.”"Todas as pessoas neste planeta estão vivendo com os impactos das mudanças climáticas: incêndios florestais, ondas de calor, desertificação, inundações, aumento de custos e muito mais", disse a diretora-executiva do PNUMA, Inger Andersen. "À medida que as ações para reduzir as emissões de gases de efeito estufa continuam atrasadas, esses impactos só piorarão, prejudicando mais pessoas e causando danos econômicos significativos."“Precisamos de um impulso global para aumentar o financiamento da adaptação – de fontes públicas e privadas – sem aumentar o fardo da dívida das nações vulneráveis. Mesmo em meio a orçamentos apertados e prioridades concorrentes, a realidade é simples: se não investirmos em adaptação agora, enfrentaremos custos crescentes a cada ano.” Uma lacuna preocupanteO valor de US$ 310 bilhões necessários para financiar a adaptação nos países em desenvolvimento por ano até 2035 é baseado em custos modelados. Ao basear as estimativas em necessidades extrapoladas expressas nas Contribuições Nacionalmente Determinadas e nos Planos Nacionais de Adaptação, esse número sobe para US$ 365 bilhões. Esses números são baseados em valores de 2023 e não são corrigidos pela inflação.Os fluxos internacionais de financiamento público de adaptação para os países em desenvolvimento foram de US$ 26 bilhões em 2023: abaixo dos US$ 28 bilhões do ano anterior. Isso deixa uma lacuna de financiamento de adaptação de US$ 284-339 bilhões por ano – 12 a 14 vezes mais do que os fluxos atuais. A estimativa anterior da AGR era de US$ 194-366 bilhões para o ano de 2030.Se as tendências atuais de financiamento não mudarem rapidamente, a meta do Pacto Climático de Glasgow de dobrar o financiamento público internacional de adaptação dos níveis de 2019 para aproximadamente US$ 40 bilhões até 2025 não será alcançada.Planejamento e implementação em ascensãoCerca de 172 países têm pelo menos uma política, estratégia ou plano nacional de adaptação em vigor; apenas quatro países não começaram a desenvolver um plano. No entanto, 36 dos 172 países possuem instrumentos desatualizados ou que não são atualizados há pelo menos uma década. Isso deve ser resolvido para minimizar a possibilidade de má adaptação.Nos Relatórios Bienais de Transparência – apresentados no âmbito do Acordo de Paris para delinear o progresso no cumprimento das promessas climáticas – os países relataram mais de 1.600 ações de adaptação implementadas, principalmente em biodiversidade, agricultura, água e infraestrutura. No entanto, poucos países estão relatando resultados e impactos reais, que são necessários para avaliar sua eficácia e adequação.Enquanto isso, o apoio a novos projetos no âmbito do Fundo de Adaptação, do Fundo Global para o Meio Ambiente e do Fundo Verde para o Clima cresceu para quase US$ 920 milhões em 2024. Este é um aumento de 86% em relação à média móvel de cinco anos de US$ 494 milhões entre 2019 e 2023. No entanto, isso pode ser apenas um pico, com restrições financeiras emergentes tornando o futuro incerto.Financiamento público e privado para intensificarA Nova Meta Quantificada Coletiva para o Financiamento Climático, acordada na COP29, exige que as nações desenvolvidas forneçam pelo menos US$ 300 bilhões para ação climática nos países em desenvolvimento por ano até 2035. Isso é insuficiente para fechar a lacuna financeira, por dois motivos.Primeiro, se a taxa de inflação da última década for estendida até 2035, o financiamento de adaptação estimado necessário para os países em desenvolvimento passa de US$ 310-365 bilhões por ano a preços de 2023 para US$ 440-520 bilhões por ano. Em segundo lugar, a meta de US$ 300 bilhões é tanto para mitigação quanto para adaptação, o que significa que a adaptação receberia uma parcela menor.O Roteiro de Baku a Belém para arrecadar US$ 1,3 trilhão até 2035 pode fazer uma enorme diferença – mas é preciso tomar cuidado para não aumentar as vulnerabilidades das nações em desenvolvimento. Doações e instrumentos concessionais e não geradores de dívida são essenciais para evitar o aumento do endividamento, o que tornaria mais difícil para os países vulneráveis investir na adaptação.Para que o roteiro funcione, a comunidade internacional deve conter a lacuna de financiamento da adaptação por meio da mitigação e prevenção da má adaptação, aumentar o financiamento com a ajuda de novos provedores e instrumentos e envolver mais atores financeiros na integração da resiliência climática na tomada de decisões financeiras.Embora o setor privado deva fazer mais, o relatório estima o potencial realista de investimento do setor privado nas prioridades nacionais de adaptação pública em US$ 50 bilhões por ano. Isso se compara aos fluxos privados atuais de cerca de US$ 5 bilhões por ano. Atingir US$ 50 bilhões exigiria ações políticas direcionadas e soluções financeiras combinadas, com financiamento público concessionário usado para reduzir o risco e aumentar o investimento privado.Para saber mais, siga @unep_pt nas redes e leia o relatório na íntegra na página do PNUMA (em inglês): https://www.unep.org/resources/adaptation-gap-report-2025 NOTAS AOS EDITORESO Relatório sobre a Lacuna de Adaptação utiliza um conjunto de modelos setoriais estabelecidos e revistos pelos pares para estimar os custos adicionais de adaptação para os países em desenvolvimento - os custos incrementais de adaptação para fazer face às alterações climáticas - expressando-os como custos anuais de adaptação não descontados. Mais detalhes sobre a modelagem usada estão disponíveis no relatório.Sobre o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA)O PNUMA é a principal voz global sobre o meio ambiente. Ele promove liderança e incentiva a parceria no cuidado com o meio ambiente, inspirando, informando e capacitando nações e povos a melhorar sua qualidade de vida sem comprometer a das gerações futuras.Contato para a imprensa: Unidade de Notícias e Mídia, Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente: unep-newsdesk@un.org   
                      
                  
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